Sobre o projeto Severino

E uma ideias que estou tendo.
O indutor e caps nos pinos 20 e 22. Qual a função? São totalmente necessários?

Agora a ideia. Pensei em como programar ou verificar um uP já soldado em uma placa. Imaginando que é um chip SMD. Eu incluo no projeto da minha placa 3 pinos de encaixe (male pin header). E monto uma outra placa somente com os transistores e os componentes de apoio e com o female pin header de 3 pinos. Quando preciso programar ou verificar alguma coisa encaixo a placa de gravação na placa do projeto. O pino 2 e 3 ficariam livres o tempo todo.
O que acham?

Se você quer saber o que é "totalmente necessário", a resposta pode ser só o CI com uma alimentação DC que pode ser de até 5 volts. O resto é extra. Nem cristal, nem capacitores, nem resistores, nem leds. Nada mais.
Agora, dependendo do que que fazer, outros componentes podem ser "totalmente necessários".

Os Arduinos têm os componentes "extras" para possibilitar algo a mais. Clock mais preciso, tensões mais estáveis, filtros, indicadores de estado (leds), circuitos de comunicação (Serial, USB, BT, ICSP,...), circuito de reset/auto-reset, e circuito de interconexão com shields.

O indutor e o capacitor, que inexistem nas demais versões de Arduino, compõem um filtro para o ADC. "Totalmente necessários" para evitar ruídos na conversão A/D. Se não existirem vai funcionar? Vai, mas aí você tem que adaptar o circuito aos projetos anteriores ao Severino, que equivocadamente (se é que se pode dizer isso) conectam a alimentação "Analógica" (AVcc) à alimentação "Digital" (Vcc). Basta olhar os esquemas elétricos dos vários modelos para entender as diferenças. E você terá de assumir que podem haver ruídos indesejáveis no ADC, o que pode ser um problema somente se isso for algo crítico para seu projeto.

Os componentes extras apenas estão lá para proporcionar funcionalidade de maneira geral, ou seja, sem ser específica de um projeto. Mas fazem parte do projeto do Arduino; são peculiares a ele.

Sua descrição é um tanto vaga: pino 2? pino 3? Refere-se aos pinos do Atmega (RX e TX)?. Talvez esteja se referindo a algo como o lily pad. Ou um Arduino sem circuito de comunicação. Há um post com um circuito meu assim. Se é que é isso o que quis dizer.

Grande Adilson! Valeu!
Por partes. Estava lendo a documentação do atmega8 e vi que o indutor é ligado ao bloco de conversão analogico/digital. Exatamente como você explicou.

Num projeto como o Arduino, que tem o objetivo de ser uma base de desenvolvimento é bem legal que vocês já tenham pensando em incluir no projeto. Livra uma pá de cara (como eu) de dor de cabeça.

Isso mesmo, os pinos TX/RX. COmo estou querendo brincar com chip smd fica dificil de programar em um lugar e transportar o uP programado para outro lugar. Assim eu imaginei um esquema de ter a etapa de comunicação fora da placa. E da forma que você construiu, está pra lé de excelente! E vou procurar pelo seu post, passei por todos mas acho que não me atentei a esse.

Há, se eu relamente tocar esse esquema de montar a placa dividida em duas e com smd eu mando pra você o projeto. E você coloca na net para todos poderem usar também ok?
Abs!

Já viu o projeto do Arduino Lily Pad? É um Arduino SMD que exige circuito externo de comunicação, exatamente como descreveu. Ou seja, já existe, e não precisa desenvolver um novo.

Acho que sem querer acabei de descobrir uma coisa que eu estava para perguntar para vocês. COmo é que o ATmega sabe que é um programa ou outra coisa qualquer que estou enviando para os pinos TX/RX.
Usando um bootloader!
Mas estou com outra duvida agora, mas vou abrir um topico novo,pois o assunto não tem a ver com esse.

Voltando.
Achei o Lily Pad, é basicamente o que eu preciso, mas diferente :wink:
É que eu vou ter o cirquito do meu projeto em volta do chip, por isso que não posso aproveitar esse esquema. Mas ele servirá como base. Esse é o gravador. Mas não consegui achar o projeto dele. Ou ele não é open?

O seu link da sparkfun não é um gravador, mas um adaptador USB/TTL, do tipo necessário para que o computador se comunique com o LilyPad (ou qualquer outro Arduino).

Um Atmega8 ou 168 se comunica através do ICSP ou dos pinos TX e RX (mais GND). O CI não sabe o que é serial ou USB. Ele recebe informações em níveis TTL em RX e TX.

O LilyPad não tem conversor USB ou Serial para TTL onboard (como os outros Arduinos), por isso precisa da placa de conversão do seu link.

Alternativamente, há pessoas que usam um Arduino qualquer (inclusive o Severino) para fazer essa conversão Serial ou USB para TTL. Para isso, você retira o CI da placa Arduino, conecta ela ao PC (via serial ou USB - depende do modelo) e liga os pinos de TX, RX, GND e 5v. ao LilyPad. Você assim usa somente o circuito de comuniação do Arduino para comunicar-se com o LilyPad (ou um CI Atmega8/168 stand alone).

Caso queira fazer um circuito para isso sem usar um Arduino, pode encontrar vários na internet, ou usar parte dos circuitos do Arduino (USB ou Severino) que fazem essa conversão.

Acho que entendi.
No caso do Severino quem faz a conversão TTL/RS232 são os transistores que estão ligados no conector certo?
Essa parte, dos transistores, poderia ser substituida por um MAX232?
Abs.

Isto mesmo. Vendo o esquema elétrico do Severino dá pra reconhecer cada componente que faz esta conversão.

Há propostas para utilizar o max232 com o Arduino (no caso, Freeduino, com placa de face dupla).

O Severino foi baseado/modificado da antiga placa serial, e foi produto de uma discussão que inclusive teve como assunto o uso dos transistores ou do max232. À época, a solução dos transistores foi adotada pela facilidade de encontrar tais componentes, e pela simplicidade do circuito.

Apesar disto, já tentei fazer uma versão com o max em placa face simples. É possível, mas a placa ficará ainda maior. Como tenho outras prioridades, acabei deixando o Severino Max de lado. Mas volto ao projeto um dia. Acho que enquanto isto, o Severino vai cumprindo bem sua função.

Cumprindo bem sua função e com louvor pelo que eu tenho visto!!! :smiley: